Depois do fim da trégua em Gaza, milhares protestam em Israel

Horas depois de Israel retomar os ataques contra a Faixa de Gaza, violando o cessar-fogo vigente, milhares de pessoas se reuniram na Praça Habima, local tradicional de protestos no centro de Tel Aviv.

De acordo com informações do major da reserva Noam Tibbon ao jornal The Times of Israel, cerca de 40 mil pessoas compareceram à manifestação – que, assim, tornou-se uma das maiores desde setembro de 2024.

Em outro protesto, desta vez na Praça dos Reféns, ao menos quatro pessoas que foram libertadas dos cativeiros do Hamas fizeram pronunciamentos criticando os ataques israelenses desta terça-feira (18).

Sasha Troufanov, que foi sequestrado durante os ataques de 7 de outubro de 2023 e passou 498 dias como refém da Jihad Islâmica da Palestina, disse: ”houve um acordo que me trouxe pra casa, e a segunda fase dele era pra ter começado. O que aconteceu com ela? Por que estamos abandonando os reféns? Eles não são posters, são pessoas, e o tempo deles está acabando.”

Ex-reféns do Hamas protestam contra volta da campanha militar em GazaAvshalom Sassoni/Flash90

Troufanov faz referência aos 59 reféns que ainda seguem em Gaza. Entre eles, Eitan Horn, irmão de Iair Horn – que, por sua vez, foi libertado na primeira fase do acordo de cessar-fogo. Para Iair, que também esteve presente na manifestação, ”a pressão militar não vai salvar os reféns. Nós sabemos disso pelos nossos próprios corpos”.

Justificativa israelense

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que o Hamas recusou todas as propostas para libertar os 59 reféns que seguem na Faixa de Gaza e que Israel chegou a estender o cessar-fogo durante semanas para que o grupo terrorista acabasse com a ”teimosia”. 

Netanyahu também afirmou que sempre prometeu que se o Hamas continuasse implacável, a campanha militar de Israel seria retomada. E que, a partir de agora, as ”negociações só serão conduzidas sob fogo”.

O que diz o Hamas

Já o grupo terrorista Hamas pediu, por meio de um comunicado, que as ”nações amigas pressionem os Estados Unidos para que parem essa agressão e guerra genocida contra civis indefesos”.

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