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O suspeito de matar a companheira Karize Fagundes, advogada em Caçador, no Meio-Oeste de SC, foi denunciado pelo MPSC (Ministério Público de Santa Catarina) por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver.
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A vítima foi identificada como Karize Ana Fagundes Lemos, de 33 anos. – Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação/ND
Conforme o MPSC, a 5ª Promotoria de Justiça da comarca quer que ele seja julgado e condenado pelo Tribunal do Júri. A denúncia já foi aceita pelo Poder Judiciário e o processo tramita em segredo de justiça.
Preso preventivamente
O homem tem 24 anos e está preso preventivamente na Penitenciária de Guaíra no Paraná, onde ele foi localizado e preso no dia 30 de setembro, logo após o desaparecimento da advogada.
As investigações apontaram que ele teria enforcado a mulher, de 33 anos, dentro de casa no dia 28 de setembro deste ano. Depois de assassinar Karize, ele levou o corpo até Palmas, no Paraná, e o descartou em uma área de mata.
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A vítima do feminicídio foi identificada como Karize Ana Fagundes Lemos, de 33 anos. – Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação/ND
Restos mortais localizados
A Polícia Civil localizou os restos mortais de uma mulher no dia 8 de novembro. Na última terça-feira (19), a perícia confirmou que o corpo encontrado no Paraná era o da advogada desaparecida.
A denúncia é assinada pelo Promotor de Justiça Caio Rothsahl Botelho. “As investigações evidenciam um homicídio brutal, além da tentativa de apagar vestígios e ocultar a verdade. Estamos comprometidos em buscar a justiça, pela vítima, por seus familiares e por toda a sociedade”, diz ele.
Segundo o MPSC, há três qualificadoras citadas:
- O feminicídio: pois o crime teria ocorrido em um contexto de violência doméstica e familiar em razão da condição do sexo feminino;
- O motivo torpe: pois o homem teria cometido o assassinato por desconfiar de que a companheira estava traindo ele;
- E a asfixia: pois a corda teria sido enrolada no pescoço da vítima.
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O suspeito de matar Karize Fagundes foi preso em um motel em Guaíra, no Paraná, quando tentava fugir – Foto: BPMFron/Paraná/ND
Feminicídio como crime autônomo
Ainda, o Ministério Público explica que o crime aconteceu alguns dias antes do sancionamento da Lei n. 14.994, que tornou o feminicídio um crime autônomo.
Como a lei não retroage, o homem foi denunciado com base no dispositivo que ainda via o feminicídio como uma qualificadora do homicídio.