José Marcos Chaves Ribeiro, ex-motorista de Regina Gonçalves, de 88 anos,é acusado de tentativa de feminicídio contra elae passou a ser investigado por suposto envolvimento na morte de Therezinha Lemos Yamada, irmã da socialite, em 2016.
O caso é conduzido pela 12ª Delegacia de Polícia, em Copacabana, e envolve denúncias de cárcere privado, violência psicológica e furto.
Therezinha morreu após uma queda na escada da mansão de Regina, em São Conrado. Funcionários relataram ter visto José Marcos empurrá-la, e suspeitas surgiram sobre sua possível intenção de controlar a fortuna de Regina, viúva do empresário Nestor Gonçalves.
Marcelo Yamada, filho de Therezinha, acusa José Marcos de maus-tratos e Regina de omissão. “Segundo os empregados da casa, José Marcos teria empurrado minha mãe da escada na mansão de São Conrado. Esse tipo de maus-tratos é semelhante ao que Regina diz ter sofrido: privação de alimentos, água, medicamentos e cuidados necessários. Ele aplicou à minha mãe o mesmo tratamento cruel, com a conivência de Regina. Tudo isso levou à morte da minha mãe, Therezinha”, afirmou ao O Globo.
Marcelo também cita outros abusos: “José Marcos tirou a pedra do meio do seu plano: minha mãe. Agora, com a denúncia da própria Regina, as maldades desse monstro vieram à tona. Mas falta ela contar o que ele fazia com minha mãe. Não posso deixar o que aconteceu ser esquecido”. Ele reforça a importância do depoimento de empregados que presenciaram os maus-tratos.
Morte de Therezinha
A morte de Therezinha, atribuída oficialmente a falência de múltiplos órgãos, choque séptico, infarto e hipertensão, é investigada como possível homicídio doloso.
Vídeos de 2018 mostram José Marcos forçando Regina e Therezinha a beberem, e empregados relataram abusos, como exposição ao frio e prisão domiciliar.
José Marcos não se manifestou
José Marcos, considerado foragido, não se manifestou sobre as acusações. Parentes de Regina optaram por não comentar o caso.
A polícia segue investigando o ex-motorista, que também é acusado de manter Regina em cárcere privado por uma década em seu apartamento no Edifício Chopin, em Copacabana.
O delegado Angelo Lages lidera as investigações sobre a morte de Therezinha e os crimes contra Regina.