Junto ao casal de enfermeiros mortos, a Polícia Civil encontrou porções de drogas e uma embalagem de cola solvente, habitualmente usada como entorpecente. Daniel Henrique Dias, de 42 anos, e Bárbara Cristine dos Santos Rosa, de 32 anos, foram achados na tarde de segunda-feira (25), na zona rural de Itapevi, município da região metropolitana de São Paulo.
Conforme a polícia, os corpos não tinham marcas de violência. As causas das mortes ainda estão sendo investigadas.
Os dois estavam em um carro parado na estrada Lucinda de Jesus Silva, no bairro rural Quatro Encruzilhadas, em frente a uma chácara que na noite anterior havia sido palco de uma festa.
A polícia foi acionada às 13h31 de segunda-feira. Os corpos foram encaminhados ao Instituto Médico-Legal de Itapevi, os entorpecentes foram apreendidos e o caso foi registrado na Polícia Civil como morte suspeita.
Quem era o casal de enfermeiros mortos
Os dois trabalhavam com enfermagem e outras profissões paralelas. Daniel, especialista em Urgência e Emergência, atuava no Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e como piloto de motolancista (moto equipada como ambulância de primeiros socorros).
Paralelo aos atendimentos, ele também era DJ de música eletrônica, com o nome artístico de Dan Dias.
Já Bárbara Cristine, além de ser enfermeira, também era empreendedora, dona da marca de roupas esportivas “Babi Rosa FitWear”.
Os riscos da cola solvente como entorpecente
Segundo a Secretaria de Saúde de Santa Catarina, os solventes voláteis produzem alguns efeitos similares aos do álcool no cérebro humano, além de causarem efeitos anestésicos dissociativos.
Com alto poder de criar dependência química, os solventes podem provocar de alterações cognitivas leves à demência, assim como sintomas psicóticos, agravamento de transtornos de humor e de ansiedade, suicídio, facilitação da contaminação por HIV e agravamento de transtornos de personalidade.