Cantora encerrou primeiro dia da edição paulistana do festival Mita na noite de sábado (3). Programação continua no domingo (4), com Sabrina Carpenter, NX Zero, Haim e Florence + the Machine. Lana Del Rey durante apresentação no primeiro dia do Festival Mita, em São Paulo
Ariel Martini/Divulgação/Mita
Lana Del Rey estava à vontade durante a apresentação no Festival Mita, que tomou conta do Vale do Anhangabaú, na noite de sábado (3). A cantora guiou a plateia em um espetáculo que teve momentos de absoluto silêncio para ouvi-la, coros altíssimos de deixar qualquer artista de olhos arregalado (e sorriso no rosto), interação com fãs e pedidos de músicas atendidos.
A americana encerrou o primeiro dia da edição paulistana do festival. Com dois palcos, a programação ainda teve artistas como Badbadnotgood, Djonga, Flume e Natiruts. Mesmo com a agenda cheia, não teve jeito: a maioria do público que desceu até o Anhangabaú queria ver Lana.
Para ver – ver mesmo-, a melhor opção era ter comprado o ingresso da pista premium, que ganhou uma área bem ampla. Ali, apesar de cheia, era possível transitar sem qualquer problema, até mesmo durante o show da Lana, quando o público era maior.
Quem ficou pelo espaço, só sofreu com as filas para comprar créditos do cartão e bebidas. Já para quem estava na pista comum, precisou se espremer para chegar mais perto dos gradis, pela frente ou por uma das laterais, para tentar pegar alguma coisa do palco.
Lana Del Rey durante show do Festival Mita 2023, no Vale do Anhangabaú, em São Paulo
Ariel Martini/Divulgação/Mita
A apresentação da cantora atrasou cerca de 40 minutos, tempo que fez a galera se acomodar, baixar a adrenalina e até criticar o festival com um ou outro grito de insatisfação.
Luzes apagadas e a gravação de “Nature Boy”, de Nat King Cole, marcaram a entrada da cantora, fez todo mundo esquecer qualquer perrengue que passou para chegar até ali.
De vestido preto com um longo tecido preso à cintura, Lana abriu o show com “A&W”, do seu último álbum “Did you know that there’s a tunnel under Ocean Blvd”, lançado em março. Aqui, ela dispensou a peruca loira à la Marilyn Monroe, usada no show do Rio, no último sábado.
Lana Del Rey durante apresentação no Festival Mita 2023, em São Paulo
Gabriel Siqueira/Divulgação/Mita
Não demorou e logo a cantora se enfiou em um provador de roupas suspenso pelas dançarinas. A troca para um vestido claro, curto e estampado, foi feita ali mesmo, por detrás da cortina, em pouco menos de quatro minutos.
Numa pegada mais teatral, Lana cantou “Bartender”, sentada à mesa, como se esta fosse uma espécie de penteadeira. Entre um “tttt”, de ‘bartetttender’ e outro, dois “assistentes” mexiam em seu cabelo enquanto ela cantava. Já em pé, a música seguinte, “The Grants”, foi acompanhada pela plateia quase como em um culto. Não foi muito diferente com “Flipside” e “Cherry”, que vieram depois.
Lana Del Rey durante apresentação no Festival Mita 2023, em São Paulo
Ariel Martini/Divulgação/Mita
Para “Pretty when you cry”, Lana deitou no chão ao lado das suas seis dançarinas. A cena da coreografia foi transmitida nos telões do palco. A sequência seguinte foi deleite para os fãs, e ponto alto do show: “Ride”, “Born to die”, “Blue Jeans” e “Norman Fucking Rockwell” foram cantadas tão alto pela plateia que Lana fez questão de agradecer. Mais de uma vez.
“Dez dias que eu estou aqui e tem sido incrível. Vocês são incríveis”, falou durante o show. “Obrigada por cantarem todas as músicas”, disse em outro momento.
Na faixa seguinte, “Arcadia”, foi o silêncio absoluto da plateia que reinou. Um ou outro celular ousou ser levantado, enquanto a maioria do público, contemplativo, balançava o corpo de um lado para o outro.
O vídeo de introdução da faixa “Ultraviolence” quebrou este silêncio e a turma voltou a fazer coro com Lana. Às vezes até mais alto do que a própria. Veio ainda “White Mustang”, com direito a uma discreta coreografia (que rendeu boas risadas de Lana), e “Candy Necklace”, que ela cantou sentada em cima do piano.
Lana ainda desceria para mais perto da plateia, para tirar fotos e beijar os fãs. Ela chegou até a colocar uma tiara de flores dada por um deles, o que foi celebrado por quem estava mais atrás. A animação rendeu duas faixas bônus no roteiro do show.
Logo depois de “Summertime Sadness”, Lana ouviu o pedido da galera que já tinha gritado por “Get Free”, que não estava no setlist. A plateia puxou um trecho e Lana seguiu com ele, para a alegria da turma.
Lana Del Rey durante show no Festival Mita 2023, em São Paulo
Ariel Martini/Divulgação/Mita
O mesmo aconteceu depois da penúltima faixa, “Did you know that there’s a tunnel under Ocean Blvd”, quando a cantora parou para conversar com a plateia. Desta vez, o pedido era “Cinnamon girl”. Ela ainda precisou de uma ajudinha para lembrar a letra, o que foi resolvido sem problemas pelos fãs.
Com um sorriso de orelha a orelha, Lana se despediu com “Videogames”, sentada em um balanço decorado de flores no canto do palco, enquanto o público se preparava para partir, suspirando.
O festival continua no domingo (4), no Vale do Anhangabaú. A programação ainda tem Sabrina Carpenter, NX Zero, The Mars Volta, Don L, Capital Inicial, Haim e encerra com Florence + the Machine.
Lana Del Rey foge do roteiro e atende pedidos de músicas do público no Vale do Anhangabaú
Adicionar aos favoritos o Link permanente.