Jorge Lucas, compositor de sambas do Império Serrano, morre no Rio aos 79 anos


Obra do artista também inclui músicas gravadas pelo cantor Roberto Ribeiro na década de 1970. ♪ OBITUÁRIO – No fim de 1976, o samba-enredo do Império Serrano conseguiu se destacar na excelente safra composta para o Carnaval carioca de 1977. Era Brasil, berço dos imigrantes, parceria de Jorge Lucas com o cantor e compositor fluminense Roberto Ribeiro (1940 – 1996), cunhado de Lucas.
De 1970, ano em que o Império Serrano foi para a avenida com o samba-enredo Arte em tom maior (Aidno Sá, Jorge Lucas e Nina Rodrigues), a 1981, o nome de Jorge Lucas foi recorrente nos créditos dos sambas-enredos da agremiação carnavalesca fundada em 1947 no Morro da Serrinha, na zona norte da cidade do Rio de Janeiro (RJ).
Por isso mesmo, no domingo, 28 de maio, o Império Serrano comunicou e lamentou a morte de Jorge Lucas – integrante da Ala de Compositores da escola de samba – nas redes sociais, listando sambas-enredos como Na terra do pau-brasil, nem tudo Caminha, viu?, composto por Lucas em parceria com Edson Paiva para o Carnaval de 1981. Jorge Lucas tinha 79 anos.
De acordo com informações postadas pela família na rede social do compositor, o enterro será às 14h de hoje, 30 de maio, no Cemitério do Irajá. A causa da morte não foi revelada.
Irmão da mulher de Roberto Ribeiro, Liette de Souza Maciel, Jorcilei Lucas Suplino (27 de fevereiro de 1944 – 28 de maio de 2023) teve vários sambas gravados pelo cantor fluminense na segunda metade dos anos 1970, década áurea da carreira do artista. O de maior sucesso, Propagas, foi lançado em 1977 por Roberto no álbum Poeira pura.
Em 1978, foi a vez de Favela, samba de Jorge Lucas com o parceiro Edson Paiva. Em 1979, veio Dengo só (Jorge Lucas e César Veneno), reforçando conexão iniciada em 1975 com a gravação de Sinto (Jorge Lucas e Walter Cruz) para o álbum Molejo e bisada em 1976 com o registro de Meu pranto continua – outra parceria de Lucas com Walter Cruz – para o álbum Arrasta povo.
Jorge Lucas se vai, mas fica imortalizado na história da nação imperial, da escola de samba Unidos da Ponte – da qual também foi compositor – e da trajetória de Roberto Ribeiro.

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