Marina Sena fala da nova fase e da mistura de estilos: ‘Eu enxergo minha voz como um instrumento’


Cantora lança 2º álbum e participou do podcast g1 ouviu ao vivo. Ela falou das influências que começaram na MPB e se expandiram: ‘Já fui pagodeira e roqueira ao mesmo tempo’. G1 Ouviu entrevista Marina Sena: ‘Eu enxergo minha voz como um instrumento’
Marina Sena foi a entrevistada do g1 ouviu, o podcast de música do g1, nesta sexta-feira (28). A entrevista está no disponível em vídeo e podcast no g1, no YouTube, no TikTok e nas plataformas de áudio.
A cantora mineira de 26 anos virou revelação da música pop com “De Primeira”, álbum de estreia na carreira solo, em 2021. “Por Supuesto” foi o primeiro hit que viralizou nas redes sociais e garantiu a presença de Marina em inúmeros festivais no Brasil.
Agora, a cantora lançou “Vício Inerente”, segundo e aguardado álbum da carreira, no qual explora outros gêneros, sem perder a essência da MPB.
Ela contou que o verso “O meu coração não vou deixar virar cimento” (da música “Pra Ficar Comigo”) tem dois lados: é sobre a mudança para São Paulo sem largar o interior mineiro; mas também tem a ver com o processo de não se acostumar com haters e com coisas que a incomodam relacionadas à fama. “Tem a ver com a cidade de pedra, mas também tem a ver que eu não vou deixar meu coração endurecer. Não quero deixar me anestesiar.”
Com o primeiro álbum, Marina disse que queria se apresentar para os fãs. E agora, qual o objetivo de “Vício Inerente”? “Eu quero fincar minha bandeira no pop, quero fazer mais sucesso, hitar mais.”
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Durante a entrevista, Marina falou ainda dos sons que ouviu durante a infância e adolescência em Taiobeiras, no Norte de Minas Gerais. Ela ouvia muitos CDs de coletâneas de MPB, de Djavan a Leoni. Mas teve outras fases: “Eu já fui pagodeira e roqueira ao mesmo tempo”. Uma das vozes com as quais mais se identificava era a de Ozzy Osbourne, do Black Sabbath.
Outro estilo que faz parte do repertório dela é o rap. “Que tal” foi criada com o rapper Fleezus, que também participa da faixa. “A gente fez essa música muito bêbado”, ela revelou. O segundo álbum também reflete a paixão da cantora pelo hip hop. “O que mais me aproxima do rap é a ligação com a palavra. Eu acho que tem que brincar com as palavras. Elas têm ritmos e a gente tem que brincar com esses ritmos o tempo inteiro.”
Marina disse ainda que queria uma identidade visual nesta nova era que mostrasse uma menina que saiu de uma idade do interior para a cidade grande. “É a Marina que mora em São Paulo que está nesse segundo disco”, ela define. “O primeiro disco tem a paz que só o interior e uma vista do mato podem te dar.”
A mesma voz que a faz ser uma cantora única e que chama tanta atenção também fez Marina ser vítima de haters nas redes sociais. Ela chegou a ter algumas crises no começo da carreira. “Eu dei uma travada nas costas e fiquei chorando e chorando, fiquei muito mal. Eu aceitei, estava relutante a conviver com isso, mas percebi que vou ter que conviver com isso. Eu não vou conseguir mudar o jeito que as pessoas funcionam. O mundo sempre teve gente jogando pedra nas pessoas, mas agora é mais fácil com a internet. É o jeito que o ser humano achou para viver a vida desde sempre.” Para lidar com os haters, ela tem dois hobbies principais: jogar videogame e baralho.
A cantora Marina Sena é entrevistada no programa g1 Ouviu
Fábio Tito/g1

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