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Capturada com detalhes nunca vistos antes, imagem revela as características cósmicas de HH 30, um disco protoplanetário visto de lado, localizado na nuvem escura LDN 1551, a cerca de mil anos luz de distância da Terra. HH 30: jato de uma jovem estrela em formação, cercada por poeira e gás, onde planetas podem surgir no futuro.
NASA/ESA/CSA
Uma nova imagem do supertelescópio espacial James Webb está surpreendendo astrônomos em todo o mundo.
Capturada com detalhes nunca vistos antes, ela revela as características cósmicas de HH 30, um disco protoplanetário visto de lado, localizado na nuvem escura LDN 1551, a cerca de mil anos luz de distância da Terra.
Feita com a combinação das observações do Webb, do Hubble e da rede ALMA, um esforço colaborativo internacional que permitiu um estudo aprofundado do sistema, a foto mostra, com impressionante clareza, como os complexos fluxos de gás e poeira ao redor de uma estrela jovem se comportam.
Na imagem (VEJA ACIMA), é possível ver o disco, iluminado pelo astro ao centro, cercado por um jato estreito de gás que se estende para o espaço, enquanto uma estrutura em forma de cone envolve sua emissão, refletindo a luz da estrela.
Essa é uma característica única dos chamados objetos Herbig-Haro (termo em homenagem aos astrônomos George Herbig e Guillermo Haro, que foram os primeiros a estudar este tipo de fenômeno), como HH 30, que se formam em regiões de intensa atividade estelar, onde os ventos e os jatos de gás das estrelas jovens geram colisões a altas velocidades, criando essas ondas de choque superluminosas.
Três telescópios espaciais mostram diferentes visões de HH 301.
Webb, Hubble & ALMA
E como a imagem foi feita com uma combinação de observações, os cientistas conseguiram capturar o disco de HH 30 em diferentes tipos de luz, o que ajudou a ver tanto os grãos de poeira maiores do sistema, que estão nas partes mais densas do objeto, quanto os menores, que se espalham por uma área mais ampla.
Em um comunicado, a agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês), afirmou inclusive que essas observações irão ajudar a ciência a compreender melhor os processos que acontecem nesses curiosos subprodutos naturais das estrelas, como a migração da poeira e a formação de planetas.
Isso acontece porque a poeira, embora pequena, desempenha um papel importante na formação de planetas, já que ela se acumula ao longo do tempo.
À medida que os grãos se juntam, eles formam pedaços maiores, que, com o tempo, se aglutinam ainda mais até se tornarem planetesimais, os primeiros blocos de construção de planetas, como a nossa Terra.
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