Armadilhas e spray para ambientes são aliados no combate ao transmissor da doença. Cidades da região de Campinas usam tecnologia para repelir mosquito transmissor da dengue
As cidades contempladas pela área de cobertura da EPTV Campinas, afiliada da Rede Globo, já registraram, juntas, 8,1 mil casos de dengue em janeiro de 2025. Algumas precisaram entrar em estado de emergência e de epidemia pela doença. Os dados são do último balanço registrado pelas prefeituras de região de Campinas.
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Além de ações habituais para evitar a proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, empresas, instituições educacionais e poder público passaram a utilizar a tecnologia e a ciência para impedir a propagação da doença. Conheça as ações abaixo. 👇
Empresas usam tecnologia e ciência para repelir mosquito da dengue na região de Campinas
Reprodução/EPTV
Torres de metal e gás carbônico
Para quem está no ambiente pode até ser imperceptível, mas uma tecnologia com torres de metal ajudam a evitar o contágio da dengue. A tecnologia é original da Ucrânia e dos Estados Unidos, mas no Brasil pode ser encontrada em uma fábrica de Mogi Mirim (SP).
O equipamento usa gás carbônico e um produto a base de ácido ático, ureia e outras substâncias da transpiração humana. A combinação simula as secreções do suor humano, criando assim uma arapuca para o mosquito.
“A armadilha não tem nenhuma formativa de matar. Não tem eletrochoque, não tem veneno, nem uma toxina. Na verdade, eles [mosquitos transmissores da dengue] acabam morrendo ressecados dentro dela depois de 48 horas”, diz Pedro Moreira, gerente geral da empresa que adotou a tecnologia.
Apesar de estar no setor privado, Pedro acredita que a tecnologia pode ser adotada em espaços administradas pelo setor público. “A gente vê que tem uma aplicação muito boa para UPAS, hospitais, creches e escolas públicas”, explica.
Empresas usam tecnologia e ciência para repelir mosquito da dengue na região de Campinas
Reprodução/EPTV
Spray a base de citronela
As plantas também podem ser aliadas na proteção. Um spray capaz de afastar o mosquito em ambientes deve ser distribuído em Jaguariúna (SP) nos próximos dias. O líquido é a base de folhas de citronela, que quando misturada com álcool, liberam um extrato com cheiro que repele mosquitos.
Professores e estudantes de farmácia de um centro universitário, em parceria com a administração municipal, fabricaram mais de 500 frascos do líquido que serão entregues para moradores da cidade em ações de combate à dengue.
“É um repelente que é para a gente espirrar no ambiente longe dos olhos. Longe da pele também, entre as frestas da janela, nas portas”, explica a professora de farmácia envolvida na ação Michelle Jorge.
Adulto aplica repelente em criança
Reprodução/RBS TV
O professor Luiz Felipe Tuon explica que os repelentes usados na pele devem ser autorizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e funcionam ao bloquear o olfato dos insetos.
“Significa que o repelente que passamos no corpo vai emitir um odor que vai bloquear os receptores olfativos do mosquito, ou seja, ele [mosquito] não percebe mais a presença dos humanos e ele não ataca mais. Existem outros que apresentam efeitos irritantes […], o cheiro do repelente é extremamente irritante e o mosquito sente repulsa pelo cheiro e ele vai embora”, explica.
🦟 Tecnologias em forma de repelentes para ambiente ou armadilhas são sempre bem-vindas, mas devem ser encaradas como ferramentas adicionais no combate a dengue, como eliminar os focos do mosquito transmissor.
Empresas usam tecnologia e ciência para repelir mosquito da dengue na região de Campinas
Reprodução/EPTV
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