Indiana Jones: seis curiosidades na história do personagem


Harrison Ford estreou o quinto filme da saga, ‘Indiana Jones e a relíquia do destino’, nesta quinta-feira (18), no Festival de Cannes. ‘Indiana Jones e a relíquia do destino’
Desde que chegou às telonas com “Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida”, em 1981, o intrépido aventureiro se destacou não só como um dos grandes heróis da história do cinema, mas como um ícone pop.
Confira seis curiosidades sobre o personagem, que Harrison Ford interpreta pela quinta vez em “Indiana Jones e a Relíquia do Destino”, apresentado nesta quinta-feira (18) no Festival de Cannes. O filme tem estreia prevista para o dia 29 de junho.
Nascido em uma praia do Havaí
Foi George Lucas, diretor da saga “Guerra nas Estrelas”, que teve a ideia inicial de criar o personagem do arqueólogo aventureiro, rastreador insaciável de relíquias e objetos de forte simbolismo na História da humanidade, como os bíblicos Arca da Aliança bíblica e Santo Graal.
O sonho, inspirado em inúmeros heróis de filmes B, se concretiza em uma praia havaiana, onde Lucas passa férias com Steven Spielberg. O diretor de “Tubarão” queria filmar um James Bond, mas o colega respondeu: “tenho algo melhor!”.
“Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida” foi um sucesso imediato e mundial, seguido depois por “Indiana Jones e o Templo da Perdição” (1984), “Indiana Jones e a Última Cruzada” (1989) e “Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal” (2008).
No total, estes quatro filmes arrecadaram juntos cerca de US$ 2 bilhões (R$ 9,92 bilhões na cotação atual) em bilheteria.
Cena do trailer do novo ‘Indiana Jones’
Reprodução
O explorador de Machu Picchu
Com a barba por fazer, chapéu de feltro surrado, jaqueta de couro resistente a todo tipo de briga, sacola de tecido para guardar os tesouros mais preciosos e chicote, Indiana Jones é a personificação do explorador.
Lucas e Spielberg se inspiraram em particular no arqueólogo americano Hiram Bingham, o homem que descobriu as ruínas de Machu Picchu, no Peru. Mas também em Tintin e nos filmes de caubóis de Clint Eastwood.
O herói se chama Henry, mas todos o conhecem como Indiana – que na verdade era o nome da cachorra de Lucas. A mascote já tinha servido de inspiração para o diretor criar o personagem Chewbacca de “Guerra nas Estrelas”.
Referências e anacronismos
As referências a “Guerra nas Estrelas” são constantes nos filmes de Indiana Jones. Em uma cena famosa de “Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida”, quando Indy está no Poço das Almas, os droides R2D2 e C3PO aparecem em meio aos hieroglifos. E a matrícula do hidroavião é OB-CPO, em alusão a Obi Wan e C3PO.
Ao longo dos anos, os fãs da série foram encontrando outras referências e anacronismos.
Foi o caso, por exemplo, da bazuca usada por Indiana Jones – uma arma que em 1936, ano em que o filme é ambientado, ainda não tinha sido inventada.
Sean Connery e Harrison Ford em cena de ‘Indiana Jones e a Última Cruzada’
Divulgação
O mesmo ocorre com o mapa no qual aparece “Tailândia”, país que ainda não existia. Na época, a colônia se chamava Sião.
Nem Magnum, nem Sharon Stone
Para interpretar Indiana, Spielberg queria Harrison Ford, mas Lucas não estava convencido porque o público identificava o ator com o personagem Han Solo, de “Guerra nas Estrelas”.
Os dois diretores sondaram Nick Nolte, Jeff Bridges e Bill Murray e, por fim, Tom Selleck, na época pouco conhecido. Mas o ator estava comprometido com a série de TV “Magnum”. Spielberg acabou convencendo Lucas de que Harrison Ford era o homem.
Para interpretar o papel de Willie, a namorada aventureira de Indiana, mil atrizes se apresentaram nas audições, inclusive Sharon Stone. Kate Capshaw conseguiu o papel, que não a alçou a uma grande carreira cinematográfica. Spielberg acabou casando-se com ela em 1991.
‘Short Round’, de ajudante de Indiana a ganhador do Oscar
O caso do ator Ke Huy Quan é a ilustração perfeita do sonho americano.
Refugiado de origem vietnamita, foi escolhido aos 12 anos para interpretar Short Round, ajudante do aventureiro em “Indiana Jones e o Templo da Perdição”. Seu sucesso se confirmou em outro filme, “Os Goonies”.
Depois de décadas sem atuar, em 2022 chega a surpreendente consagração, com “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo”, com o qual ganhou o Oscar de melhor coadjuvante.
Ofidiofobia
O único ponto fraco de Indiana Jones é sua fobia a cobras, conhecida como ofidiofobia. É bom lembrar que quando jovem, o aventureiro caiu em um fosso cheio de serpentes.
Trata-se de uma cena famosa na história do cinema: Indiana Jones cai no Poço das Almas enquanto busca a pista da arca perdida – um local cheio de serpentes de todo tipo, que Spielberg filmou com nada menos que 6.500 répteis, em meio aos quais camuflou pedaços de mangueira.
A serpente mais perigosa, a naja, foi filmada em uma redoma de vidro. Depois de rodar a cena, descobriu-se que algumas cobras haviam desaparecido.

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