Calcada nos bastidores da gravação do antológico álbum de 1974, a produção tenta indicação na categoria ‘Melhor documentário’. ♪ OPINIÃO – Nem Carmen Miranda (1909 – 1955) e tampouco Anitta. O maior nome da música brasileira no mundo ainda é – e talvez nunca vá deixar de ser – Antonio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim (25 de janeiro de 1927 – 8 de dezembro de 1994).
Sob tal prisma, o alcance planetário da música do compositor carioca favorece o documentário Elis & Tom – Só tinha de ser com você (2022) na corrida pelo Oscar 2024. Por ora, o filme de Roberto de Oliveira – roteirizado por Oliveira com Nelson Motta – apenas tenta uma indicação na categoria Melhor Documentário. E tem chances.
Em tese, a indicação é viável pelo fato de o nome de Jobim ainda despertar interesse em escala mundial, sobretudo nos Estados Unidos, onde o artista gravou em 1967 um álbum com ninguém menos do que Frank Sinatra (1915 – 1998), símbolo máximo do canto masculino norte-americano do século XX.
Apresentado pela primeira vez há um ano na 24ª edição do Festival do Rio, o documentário foi lançado nos Estados Unidos em 15 de setembro e, na sequência, estreou nos cinemas do Brasil, onde vem obtendo bom desempenho nas bilheterias – fato incomum para produções do gênero. Se vier a indicação ao Oscar, o interesse pelo filme será ainda maior.
O documentário Elis & Tom – Só tinha de ser com você descortina os bastidores da gravação – feita de 22 de fevereiro a 9 de março de 1974 no MGM Studios, em Los Angeles (EUA) – do antológico álbum que juntou Jobim com Elis Regina (17 de março de 1945 – 19 de janeiro de 1982).
Captadas por Jom Tob Azulay e restauradas em tecnologia de alta definição 4k para o documentário, as imagens de Elis Regina e Tom Jobim no estúdio já tinham sido mostradas originalmente pela TV Bandeirantes em especial exibido em 1974 e reprisado em 1992.
Só que se tornaram raras e, de todo modo, vistas na tela grande, essas imagens dão a dimensão do álbum Elis & Tom (1974), não pelas tensões entre os artistas, mas pela beleza sublime da música gerada naquelas sessões de estúdio.
Como a música de Tom Jobim permanece soberana, são realmente boas as chances de os responsáveis pelas indicações do Oscar se renderem ao filme de Roberto de Oliveira pelo que se vê e ouve no filme. A grandeza da obra do compositor credencia o documentário a obter uma justa indicação ao Oscar 2024.
Alcance mundial da música de Tom Jobim favorece filme sobre disco com Elis Regina na corrida pelo Oscar
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