Em autobiografia, Rita Lee deixou ‘profecia’ sobre repercussão de sua morte; leia trecho


Rita morreu nesta segunda-feira (8), aos 75 anos. Ela foi diagnosticada com câncer de pulmão em 2021 e vinha fazendo tratamentos contra a doença. Rita Lee (“Uma autobiografia”)
Divulgação
Rita Lee, uma das maiores cantoras e compositoras da história da música brasileira, publicou em seu primeiro livro autobiográfico sobre como imaginaria que seria a reação das pessoas diante de sua morte (veja abaixo).
Rita morreu nesta segunda-feira (8), aos 75 anos. Ela foi diagnosticada com câncer de pulmão em 2021 e vinha fazendo tratamentos contra a doença.
Profecia do livro
Livro
Rita Lee há 14 anos no Cine-Theatro Central em Juiz de Fora, foto de arquivo
Cine-Theatro Central/Alexandre Dornelas
Rita Lee anunciou, em 7 de março, o lançamento de mais um livro sobre sua história. “Outra Autobiografia” – fazendo referência ao “Rita Lee: Uma autobiografia” (2016) — já está em pré-venda e chega ao mercado em 22 de maio. A data foi escolhida por ser o dia de santa Rita de Cássia.
“(…) quando decidi escrever Rita Lee: Uma autobiografia (2016), o livro marcava, de certo modo, uma despedida da persona ritalee, aquela dos palcos, uma vez que tinha me aposentado dos shows. Achei que nada mais tão digno de nota pudesse acontecer em minha vidinha besta. Mas é aquela velha história: enquanto a gente faz planos e acha que sabe de alguma coisa, Deus dá uma risadinha sarcástica”, escreveu a cantora ao anunciar a novidade.
Capa do livro ‘Outra autobiografia’, de Rita Lee
Guilherme Samora com pintura de Rita Lee
Vida de Rita Lee
Rita ajudou a incorporar a revolução do rock à explosão criativa do tropicalismo, formou a banda brasileira de rock mais cultuada no mundo, os Mutantes, e criou canções na carreira solo com enorme apelo popular sem perder a liberdade e a irreverência.
Sempre moderna, Rita foi referência de criatividade e independência feminina durante os quase 60 anos de carreira. O título de “rainha do rock brasileiro” veio quase naturalmente, mas ela achava “cafona” – preferia “padroeira da liberdade”.
Rita Lee Jones nasceu em São Paulo, em 31 de dezembro de 1947. O pai, Charles Jones, era dentista e filho de imigrantes dos EUA. A mãe, a italiana Romilda Padula, era pianista, e incentivou a filha a estudar o instrumento e a cantar com as irmãs. 
Aos 16 anos, Rita integrou um trio vocal feminino, as Teenage Singers, e fez apresentações amadoras em festas de escolas. O cantor e produtor Tony Campello descobriu as cantoras e as chamou para participar de gravações como backing vocals (veja a história completa).

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