Ter o costume de usar sempre o mesmo perfume pode ser visto como uma questão de gosto ou costume, uma mania simples. No entanto, a prática pode esconder diversas implicações psicológicas e sociais, como evocar memórias e reforçar a autoimagem.
O estudo “Psicologia do uso de fragrâncias”, publicado pela revista Public Library of Science, aponta que os aromas estão fortemente ligados à memória e à identidade pessoal.
Um perfume “assinatura” pode funcionar como uma expressão da própria identidade, transmitindo uma ideia de consistência e autenticidade na forma como uma pessoa é percebida por si mesma e pelos outros.
Também pode impactar positivamente a forma como a pessoa se vê, aumentando sua autoconfiança e até influenciando comportamentos e impressões sociais.
Ligação emocional e segurança
Além disso, de reforçar aspectos da personalidade, as fragrâncias têm o poder de evocar emoções e estados de espírito. Usar sempre o mesmo perfume pode gerar uma sensação de conforto, já que o cérebro associa o cheiro a momentos agradáveis ou a um senso de estabilidade.
Ou seja, para algumas pessoas, um aroma familiar pode ser reconfortante, especialmente em momentos de estresse ou mudança.
Resistência às mudanças ou pragmatismo
Por outro lado, se associado a outros aspectos de personalidade, também pode indicar uma resistência a experimentar coisas novas ou sair da zona de conforto. Isso não necessariamente é algo negativo, mas pode indicar uma preferência por padrões conhecidos.
Cada caso deve ser analisado com cuidado, porque para algumas pessoas, a escolha pode simplesmente não ter um significado emocional profundo. Elas podem preferir apenas simplificar decisões do dia a dia e optam por usar sempre o mesmo perfume por praticidade ou economia de tempo.
Até mesmo culturas e contextos sociais pode influenciar na escolha de qual aroma vai exalar no dia. Manter um perfume “assinatura” pode ser vista como um traço de elegância ou status em alguns grupos.