Bruno Mars empolga com fila de hits e faz plateia cantar evidências em seu 1º show no The Town 2023

Cantor encerrou o segundo dia do festival em São Paulo. Ele ainda se apresenta no evento no dia 10. Bruno Mars fala em português e leva público do The Town à loucura
Era de se esperar um grande espetáculo vindo de Bruno Mars. Não apenas pelos hits, mas também pelas últimas apresentações feitas pelo cantor por aqui em 2017. O cantor não decepcionou e mostrou porque é um dos melhores artistas da atualidade. Fez até mesmo a plateia cantar Evidências, no maior estilo karaokê.
O show desta noite, milimetricamente calculado, manteve a mesma qualidade, que se manteve em um nível altíssimo, ainda que não tivesse toda aquela cenografia: brincadeiras com o público, gingado, coreografias muito bem executadas por ele e pelos seus dançarinos e músicos e muitos sucessos.
Sem dúvidas, era palco/show mais abarrotado de pessoas. Mais de uma hora antes estava quase impossível de se movimentar nas proximidades do palco — pior ainda para quem tentava chegar mais para frente. Parte do público sentada no chão também não facilitava a movimentação.
Em questão de segundos, assim que Mars começou o início de 24k magic, todo o perrengue para chegar até as 21h05 do domingo de calor desapareceu. Até o telão pequeno deixou de ser um grande problema.
“Estou aqui, São Paulo”, disse o artista antes de apresentar Finesse, igualmente cantada em coro. Mars ainda lembrou o quanto esperávamos por esse show. “Cada vez que venho para cá fica melhor.”
A animação do cantor em Treasure foi acompanhada com as palmas da galera. Ele ainda mandou bem na coreografia muito bem sincronizada com seus músicos. Um “obrigado” em português encerrou essa espécie de primeira parte do show.
Mars não chegou a lançar nenhum álbum novo desde sua passagem por aqui. De novidade mesmo, entraram no repertório faixas de seu projeto Silk Sonic, parceria com Anderson .Paak, como Leave the door open, representada aqui apenas com o refrão, e outras parcerias, como Billionaire, com Travie McCoy, de 2010, cantada com toda a potência do pulmão do público.
Bastou alterar e incluir “são paulo” na letra que a turma se derreteu. De forma merecida. Ele finalizou a música com a guitarra, num gingado do reggae, com paradinhas em uma brincadeira com os músicos.
O clima do show mudou, com uma introdução crescente até o palco se acender novamente com os músicos-dançarinos para engatar Calling All My Lovelies, cheio de riffs de guitarra (e algum rebolado).
Ao telefone, ele instiga a plateia. “Hello, é o Bruninho. I am in São Paulo. Eu quero você, gatinha”. A frase repetida três vezes em português mesmo.
Ainda que a brincadeira também tenha sido feita em 2017, continua sendo divertida, funciona, e é um ótimo gancho para a seguinte, That’s What I like, emendada com Please me. Aqui, o cara mostrou toda a potência vocal.
Os solos do guitarrista e saxofonistas criaram o clima de contemplação, com o palco quase todo apagado.
Foi a hora do trecho mais introspectivo, com a romântica Versace on the floor, muito bem recebida pela galera.
Para levantar a galera de novo depois, a ultra pop Merry You empolgou a turma que tentou pular no lugar de braço e mãos para cima. Os “no no nos” e “yeah yeah yeah” eram todos coordenados: Bruno, músicos e plateia, que balançavam de um lado para o outro.
O celebrado solo da bateria marcou mais um ato do espetáculo, que já armou o caminho para a mais roqueira e acelerada Runaway Baby, que encheu o palco. A banda de apoio continuou fazendo bonito, muito bonito.
O show já passava de uma hora e a galera mantinha a empolgação lá em cima. Ao piano, Mars emendou Fuck You, young, wild and free, grenade, talkin to the moon (com direito a um belíssimo coro do público), Nothin’ on you, para encerrar a sessão com o refrão de Leave the door open, todas muito bem registradas pelos milhares de celulares.
Para a próxima musica, o cantor avisa ser a sua favorita: when i was your man rendeu um dos momentos mais bonitos e emocionantes do show.
Foi ai que seu pianista embalou com acordes familiar todo mundo: evidências, de chitaozinho e xororo. Ele não cantou, a missão ficou para a plateia, como um karaokê.
Mars então chamou de novo a atenção para ele. Locked out of heaven fez a turma agora com mais espaço pular no lugar.