DJ Alok escolhe Salvador para abrir temporada de projeto autoral: ‘a Bahia tem um público que motiva’


Turnê 2023 do “Alok Infinite Experience” será lançada em 13 de maio, no Centro de Convenções da orla da Boca do Rio. Alok lança a temporada de 2023 do “Alok Infinite Experience” em Salvador
Érico Andrade/g1
Na Bahia, dizem que o ano só começa depois do carnaval. Para o DJ Alok, o ano começa, exatamente no próximo sábado, dia 13 de maio, quando ele lança a temporada de 2023 do “Alok Infinite Experience”. A cidade escolhida para sediar a estreia é Salvador.
Na Bahia, dizem que o ano só começa depois do carnaval. Para o DJ Alok, principal nome da música eletrônica do Brasil, 2023 vai começar, de fato, no próximo domingo, 13 de maio, com o lançamento do “Alok Infinite Experience”. Salvador vai ser a primeira cidade brasileira a receber a turnê nacional.
“Não tinha como começar esse projeto se não fosse na Bahia”, disse ele, em entrevista ao g1. O DJ vai se apresentar no Centro de Convenções no bairro da Boca do Rio, na orla da capital baiana.
Sem querer revelar tantas novidades,” para não estragar a surpresa”, ele prometeu um show moderno, com muitas luzes e um setlist autoral repaginado, que alterna momentos calmos e enérgicos, para que o público não se canse – “embora, em Salvador, as pessoas não se cansem nunca”.
Segundo ele, “a energia do estado” foi um fator decisivo para que a capital baiana recebesse a primeira edição da festa em 2023. Ele citou como exemplo a animação dos foliões durante as seis horas de percurso no carnaval de Salvador, festa que ele participa desde 2020, tanto em trio elétrico quanto em camarotes.
“Isso para qualquer artista do mundo é inspirador, sabe? Você pode estar cansado, mas não tem como você não se emocionar, não se conectar e não estar empolgado com isso. A Bahia tem um público que motiva o artista, é diferente. É impressionante”.
Alok em trio elétrico no Carnaval de Salvador
Enaldo Pinto/Ag Haack
O show tem três horas de duração e Alok promete uma “imersão em uma experiência única, cheia de batidas frenéticas” [clique aqui e saiba mais sobre a festa]. O evento de música eletrônica vai contar também com apresentações de Illusionize, Carol Seubert, Victor ALC e Mojjo.
Relação com a Bahia
Alok nasceu em Goiás, mas se considera “baiano de coração”, por ter uma relação especial com o estado. O pai dele, o também DJ Juarez Petrillo, é fundador do Universo Paralello, um dos maiores festivais de música eletrônica do país, realizado em Pratigi, munícipio localizado a 379 km de Salvador.
Além disso, a esposa de Alok, a médica Romana Novais, é natural de Vitória da Conquista, cidade que fica na região sudoeste. Com agenda cheia de compromissos e dois filhos pequenos, ele lamentou não aproveitar mais tempo na Bahia e até mesmo criar novos trabalhos com parceiros locais.
“Sou contra a pessoa que agenda e vai já vai para o estúdio fazer a gravação. Para mim, é uma coisa forçada, eu não vejo muito sentido. Tudo que eu faço precisa estar conectado. Por isso que eu acho que não rolou ainda [novas parcerias com baianos], porque está faltando isso: não ficar mais tempo na Bahia”.
O DJ Alok e a esposa, Romana Novais, no carnaval de Salvador em 2023
Dilson Silva e Wesley Costa/AgNews
Se falta tempo para curtir as delícias que só a Bahia tem, não falta vontade de ajudar o povo baiano. Graças a essa relação afetiva, Alok se tornou responsável por um projeto social no sertão, exatamente em Canudos, a 400 km de Salvador.
A iniciativa ganhou o nome de Vila da Esperança, e segundo ele, tem como missão “levar dignidade para a vida das pessoas”. A ação do Instituto Alok, que capta parcerias e promove investimentos em projetos sociais, já levou energia elétrica e água potável para a população, com a perfuração de poços artesianos.
“A gente teve essa iniciativa pela questão do abandono, da forma como as pessoas ali estavam. As pessoas tinham que andar 18 quilômetros pra conseguir pegar água. Tinha um homem que morava em uma casa de três, quatro metros quadrados, em condições degradantes. Fiquei muito comovido”, relembrou, ao mencionar uma visita à cidade.
Além disso, foi construído um centro comunitário e há planos para instalar uma cozinha coletiva em conjunto com um espaço para plantio e cultivo de hortaliças, gerando renda para a população.
“Estamos falando de uma questão de sobrevivência. Falamos de um Brasil profundo aí que a gente muitas vezes nem tem a dimensão de como a situação ainda está em um lugar muito arcaico. O meu objetivo é que não só a minha arte possa tocar muitas pessoas, mas que essa arte, que a minha imagem, possa ajudar a transformar vidas”.
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