“Por Ilessi têm passado melodias e versos de tantos autores contemporâneos que o trabalho de intérprete dela já é instância incontornável para os que se interessam pela chamada “música autoral” brasileira do começo deste século. Como não bastasse, ela mesma, quando compõe, se embrenha por reentrâncias harmônico-melódicas que a aproximam dos que reescutaram a MPB com ouvidos pós-Guinga. Mas ela o faz com a natural autoridade de quem, com oito anos de idade, aprendia a cantar Toninho Horta ouvindo Alaíde Costa girar na vitrola do pai”. Thiago Amud
♪ Proferidas pelo cantor e compositor carioca Thiago Amud, as sentenças acima fazem parte do texto escrito por Amud para apresentar o quarto álbum de Ilessi, Dama de espadas, lançado em outubro de 2020 com produção musical orquestrada por Elísio Freitas e Vovô Bebê.
O texto está reproduzido na íntegra na contracapa do LP editado neste mês de agosto de 2023 pela gravadora Rocinante com capa que altera – com resultado mais harmonioso – a disposição do nome da artista, do título do disco e do nome da gravadora na arte de Giulia Barbero.
Fabricada com tiragem inicial de 300 cópias, a edição em LP do álbum Dama de espadas tem lançamento oficial marcado para hoje, 20 de agosto, na 24ª edição da Feira do vinil, programada para acontecer das 11h às 19h no Clube Hebraica, em Laranjeiras, bairro da zona sul da cidade do Rio de Janeiro (RJ).
A partir das 14h, Ilessi estará autografando a edição em LP de Dama de espadas, álbum em que a cantora carioca se apresentou como compositora, assinando oito das 11 faixas da edição digital. Dessas 11 faixas, couberam nove no LP. Saíram Desperto de você (Ilessi e Thiago Amud) e Vagalume (Ilessi e Gonzaga Silva).
Permaneceram parcerias da artista com o escritor Jorge Andrade (cujo poema Mar de te amar foi musicado por Ilessi), Simone Guimarães (coautora da toada Brejeira flor) e o próprio Thiago Amud (parceiro na bossa nova Lírico, além de ser compositor do maculelê Ladra do lugar de fala).
Sozinha, Ilessi assina Eu não sou seu negro – música inspirada no homônimo documentário de 2018 filmado com base em livro do escritor norte-americano James Baldwin (1924 – 1987) – e Oração pro Gil, composta por Ilessi em 2016 com a intenção de emanar vibrações de cura para o cantor e compositor Gilberto Gil, então às voltas com problemas de saúde.
Fora do trilho autoral, Ilessi canta o galope-ska Vivo ou morto (Edu Kneip e Thiago Thiago de Mello) e regrava Ilê de luz (Suka e Carlos Lima, 1989) em Dama de espadas, álbum autoral conceituado por Ilessi como “fratura exposta”.
Capa da edição em LP do álbum ‘Dama de espadas’, de Ilessi
Lorena Dini
Ilessi vai à ‘Feira do vinil’ com edição em LP do álbum autoral ‘Dama de espadas’
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