Cantora aborda onze músicas do repertório do criador da bossa nova em disco arranjado pelo violonista Guilherme Monteiro e produzido pelo pianista norte-americano Thomas Bartlett. Bebel Gilberto
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♪ Nome de grandeza imensurável na história da música brasileira, João Gilberto Prado Pereira de Oliveira (10 de junho de 1931 – 6 de julho de 2019) deixou discografia pautada por repertório lapidar. Com a autoridade e a intimidade de ser filha do artista, a cantora e compositora Bebel Gilberto aborda onze músicas do repertório do pai no álbum intitulado João e programado para ser lançado em 25 de agosto pela gravadora [PIAS] Recordings.
Com produção musical orquestrada pelo pianista norte-americano Thomas Bartlett, João é o segundo disco da artista pelo selo fonográfico belga, no qual a cantora debutou há três anos com a edição do álbum Agora (2020).
“João é uma carta de amor ao meu pai. Desde o meu primeiro álbum, eu nunca tinha tocado nenhuma música do repertório do meu pai. Agora é hora de apresentar ao público as músicas de João Gilberto que me influenciaram desde que nasci – e até mesmo antes”, contextualiza Bebel.
Uma das onze músicas da seleção pessoal feita por Bebel para o álbum João já pode ser ouvida em single posto hoje, 3 de maio, em rotação. Trata-se do samba É preciso saber perdoar (Carlos Coquejo e Alcyvando Luz, 1967), apresentado em disco nas vozes do grupo MPB4 seis anos antes da gravação feita pelo arquiteto da bossa nova no álbum João Gilberto (1973).
É desse álbum branco lançado há 50 anos que a cantora também pescou Valsa (Como são lindos os yoguis) (Bebel), música feita pelo próprio João Gilberto – compositor bissexto – em homenagem à filha. Do mesmo disco de 1973, Bebel recria Undiú, outro tema autoral do cantor, compositor e violonista baiano.
Com arranjos do violonista e guitarrista Guilherme Monteiro (com quem Bebel fará turnê por Estados Unidos, Europa e Ásia a partir de agosto), o álbum João foi mixado por Patrick Dillett.
Além das três músicas citadas, o repertório do disco inclui Adeus, América (Geraldo Jacques e Haroldo Barbosa, 1948), Eu vim da Bahia (Gilberto Gil, 1965), Ela é carioca (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1963), O pato (Jayme Silva e Neusa Teixeira, 1960), Caminhos cruzados (Antonio Carlos Jobim e Newton Mendonça, 1958), Desafinado (Antonio Carlos Jobim e Newton Mendonça, 1959), Eclipse (Ernesto Lecuona, 1940) e Você e eu (Carlos Lyra e Vinicius de Moraes, 1961).
Capa do álbum ‘João’, de Bebel Gilberto
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Bebel Gilberto endereça ‘carta de amor’ ao pai em álbum, ‘João’, programado para agosto
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