Saiba quais fatos agitaram o ano da última publicação do Censo do IBGE. Divulgado nesta quarta-feira (28), Censo 2022 do IBGE traz uma ampla coleta de dados sobre a população brasileira. Feita de dez em dez anos, a pesquisa permite comparativos entre épocas distintas e teve sua última edição publicada em 2010 –o relatório foi suspenso em 2020 devido à pandemia de Covid-19.
Para você ter em mãos o contexto histórico daquele ano, o g1 listou alguns dos fatos que marcaram o período, como os principais acontecimentos políticos, lançamentos do cinema e as músicas que dominaram as paradas. Veja a seguir.
Repercussão global
O ativista britânico Lauri Love em protesto contra o pedido de extradição do fundador do WikiLeaks, Julian Assange
Frank Augstein/AP
Promovido pelo site WikiLeaks, o vazamento de uma série de documentos confidenciais dos Estados Unidos agitou a diplomacia mundial. Os relatórios registravam a comunicação entre embaixadas em diversos países, incluindo o Brasil. Com dados inéditos sobre as guerras do Afeganistão e do Iraque, a ação ficou conhecida como o maior vazamento da história do exército americano.
Foi também em 2010 que a chamada primavera árabe começou a germinar, na Tunísia. O movimento levou uma onda de protestos às ruas do Oriente Médio.
Menino Bieber
O cantor Justin Bieber, do hit ‘Baby’
Reuters
”Tik tok”, de Kesha, foi eleita pela revista “Billboard” a música mais tocada de 2010 e rendeu à cantora o status de revelação pop do ano. Outros sucessos foram “California gurls”, de Katy Perry, “Like a G6”, de Dev e The Cataracs, e “Baby”, de Justin Bieber, no começo de sua carreira.
No Brasil, a MPB “Shimbalaiê”, de Maria Gadú, invadiu os tocadores e alçou a paulistana à fama. Foi também nesse ano que Michel Teló lançou um de seus maiores hits, “Fugidinha”.
‘Ti ti ti’ e ‘Passione’
Cena da novela ‘Ti ti ti’, com Alexandre Borges e Murilo Benício
Divulgação/TV Globo
Cheia de comédia e ironia, “Ti-Ti-Ti” ganhou o coração dos noveleiros com uma trama em que Alexandre Borges e Murilo Benício interpretavam estilistas rivais. A obra tinha ainda um triângulo amoroso estrelado por Isis Valverde, Caio Castro e Guilherme Winter.
“Passione” também fez barulho. Com cenas gravadas na Itália, a novela foi protagonizada por Fernanda Montenegro, Tony Ramos, Reynaldo Gianechini, Mariana Ximenes e Carolina Dieckmann.
Sagas ‘Crepúsculo’ e Harry Potter
Cena de ‘Amanhecer – Parte 1’ gravada no Brasil
Divulgação
Com filmes de grande bilheteria, 2010 teve lançamento de longas como “Harry Potter e as relíquias da morte – Parte 1”, “Eclipse”, “Tropa de elite 2” e “Toy story 3”.
Também foi o ano em que Robert Pattinson e Kristen Stewart vieram ao Brasil para gravar cenas de “Amanhecer – Parte 1”, penúltimo filme da saga “Crepúsculo”, uma das maiores febres da cultura pop da época.
A moda dos coloridos
Banda Restart
Cauê Diniz
No embalo do sucesso da banda Restart, peças de roupa ultra coloridas e acessórios neon dominaram os guarda-roupas juvenis, a partir de uma estética que esbanjava diversão.
Muitas vezes, a vestimenta extravagante vinha acompanhada de um penteado franjado e demasiadamente liso.
Brasil
A ex-presidente Dilma Rousseff
Scarlett Rocha/Agif/Estadão Conteúdo
Pela primeira vez, o Brasil elegia uma mulher como presidente da República. Dilma Rousseff (PT) foi eleita com 56,05% dos votos válidos, derrotando o candidato José Serra (PSDB), no segundo turno. Treze anos depois, a petista continua a ser a única mulher a ter ocupado o cargo.
Sancionada por Lula (PT) em junho de 2010, a lei da ficha limpa proibiu a candidatura de políticos condenados pela Justiça em decisão colegiada –em processo finalizado ou em curso– e tornando mais rígidas as normas para inelegibilidade.
Literatura
O escritor português José Saramago
Divulgação
Em 2010, o mundo se despediu de José Saramago, um dos maiores escritores do século 20. Autor de “Ensaio sobre a cegueira” e “O evangelho segundo Jesus Cristo”, o português morreu aos 87 anos, em consequência de múltipla falha orgânica, causada por uma doença.
Naquele ano, o prêmio Nobel de literatura foi entregue a Mario Vargas Llosa, pelo seu retrato “das estruturas do poder” e “imagens de resistência, rebelião e derrota do indivíduo” nas obras.
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