Lui Coimbra traz à tona ‘O rio’, música menos conhecida do repertório de Marisa Monte, no álbum ‘Roda_Flor’
Leo Aversa
♪ É como cantor, compositor e violoncelista – multi-instrumentista que também toca violão, piano e percussões – que o carioca Lui Coimbra dá o giro nacionalista de Roda_Flor, álbum lançado ontem, 23 de junho.
Com capa que expõe o artista em foto de Leo Aversa, enquadrada na arte de Rafael Grecco, o disco Roda_Flor abre no andamento maranhense do boi Dona tá reclamando (Dominguinhos Minguinho, 2015) e segue rota que culmina em mergulho na correnteza serena de O rio (Marisa Monte, Carlinhos Brown, Arnaldo Antunes e Seu Jorge, 2006), canção de espírito tribalista que nunca tinha sido regravada desde que foi lançada há 17 anos na voz de Marisa Monte.
Ao longo do giro, o álbum Roda_Flor gravita entre o batuque do maracatu que assenta Tá caindo flor (Lui Coimbra a partir de refrão de domínio público), cai no samba Companheiro fiel – O gatinho (Lui Coimbra a partir de poema de Ferreira Gullar) – gravado com Zeca Baleiro, parceiro do artista na Valsa para a Senhora D – e dá ar ruralista à lírica Melodia sentimental (Heitor Villa-Lobos, 1958, com letra de Dora Vasconcelos).
“São sons de um Brasil profundo, mas visto pela minha lente, de um cara urbano, do Rio, contemporâneo”, (se) situa Lui ao discorrer sobre o universo do disco do qual é diretor musical e arranjador.
O álbum Roda_Flor sai 20 anos após o primeiro disco solo de Lui Coimbra, Ouro e sol (2003).
Capa do álbum ‘Roda_Flor’, de Lui Coimbra
Leo Aversa com arte de Rafael Grecco
Lui Coimbra toca violoncelo e outros instrumentos no álbum ‘Roda_Flor’, do qual é diretor musical e arranjador
Leo Aversa / Divulgação
Lui Coimbra vai de maracatu e samba ao boi maranhense no giro nacionalista do disco ‘Roda_Flor’
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