A vacinação contra a poliomielite, também conhecida como paralisia infantil ou pólio, terá mudanças a partir de novembro. A doença não é registrada no Brasil há 35 anos – e em Santa Catarina, há pelo menos 30. Nesta quinta-feira (24), considerado o Dia Mundial de Combate à Poliomielite, o país reforça a importância da imunização.
Vacina contra a poliomielite será aplicada em injeções
Conforme dados da SES-SC (Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina), o estado não registra casos de poliomielite desde 1989. A doença, que pode causar a paralisia dos membros inferiores, é prevenida através da vacinação.
Até agosto desde ano, a cobertura vacinal em Santa Catarina era de 87,87%, segundo levantamento da Dive-SC (Diretoria de Vigilância Epidemiológica) – e, até a dezembro, a meta da SES é ultrapassar a taxa de 90%. A meta anual recomendada pelo MS (Ministério da Saúde) é de 95%.
Cobertura vacinal em SC, segundo a Dive-SC
- 2021 – 83,77%
- 2022 – 86,33%
- 2023 – 91,81%
- 2024 – 87,87%
O esquema vacinal contra o vírus da poliomielite terá mudanças a partir do dia 4 de novembro. A imunização, antes com a vacina em gotas, passa a ser feita exclusivamente na forma injetável com o vírus inativado. O novo protocolo será dividido da seguinte forma:
- 1ª dose – bebês de 2 meses
- 2ª dose – aos 4 meses
- 3ª dose – aos 6 meses
- Dose de reforço – 15 meses (1 ano e 3 meses)
A mudança segue a orientação da OMS (Organização Mundial da Saúde) para o combate à poliomielite.
O que é a poliomielite
A doença é causada pelo poliovírus e pode afetar crianças e adultos. A contaminação acontece através do contato direto com secreções eliminadas pela boca de pessoas infectadas ou pelas fezes.
Nos casos mais graves da doença, o paciente pode apresentar paralisia dos membros inferiores. Segundo o MS, a poliomielite, em geral, causa:
- Problemas e dores nas articulações;
- Pé torto (em que a pessoa não consegue andar porque o calcanhar não encosta no chão);
- Crescimento diferente das pernas, o que faz com que a pessoa manque e incline-se para um lado, causando escoliose;
- Osteoporose;
- Paralisia de uma das pernas;
- Paralisia dos músculos da fala e da deglutição (provocando acúmulo de secreções na boca e na garganta);
- Dificuldade de falar;
- Atrofia muscular;
- Hipersensibilidade ao toque.
Não existe um tratamento específico para a doença, apenas tratamento dos sintomas, conforme o quadro de cada paciente. A vacina contra a doença é disponibilizada gratuitamente no SUS (Sistema Único de Saúde).