Elza Soares dá voz triunfal à música inédita de Josyara no álbum póstumo ‘No tempo da intolerância’


‘Mulher pra mulher’ integra o repertório ao lado de composições de Dona Ivone Lara, Rita Lee e da própria Elza, que assina as letras de ‘Coragem’ e da faixa-título do disco, agendado para 23 de junho. ♪ Ao lado de Dona Ivone Lara (1922 – 2018) e de Rita Lee (1947 – 2023), Josyara integra o time feminino de compositoras gravadas por Elza Soares (1930 – 2022) no ainda inédito álbum No tempo da intolerância.
Cantora, compositora e instrumentista baiana, Josyara é a autora de Mulher pra mulher (A voz triunfal), música na qual se tornou parceira de Elza quando a artista carioca acrescentou texto inicial à letra enviada por Josyara.
Além de ser a compositora da música, Josyara assinou com Rafael Ramos a produção musical da faixa, na qual ainda tocou guitarra, orquestrou o arranjo de metais e pilotou as programações.
Tornado póstumo com a morte de Elza Soares em 20 de janeiro do ano passado, o álbum No tempo da intolerância será lançado em 23 de junho – dia em que a cantora comemoraria os 92 anos – com dez músicas inéditas.
Além de Mulher pra mulher (A voz triunfal), o repertório do disco inclui No compasso da vida – samba de Ivone Lara que ganhou letra escrita por Elza e Pedro Loureiro – e Rainha africana, presente de Rita Lee e Roberto de Carvalho.
Elza assina algumas letras do disco, como a de Coragem e como a da faixa-título No tempo da intolerância.
♪ Eis a letra de Mulher pra mulher (A voz triunfal), parceria de Josyara com Elza Soares:
“Não tem sido em vão!
A gente vê hoje as mulheres já com mais empoderamento.
A mulher já podendo gritar mais.
A mulher podendo reivindicar, entendeu? E tendo hoje o eco de respostas, mais aberto, mais triunfal” (texto inicial de Elza Soares)
“Bora lá vamos conversar
Tá mais que na hora
Bora lá vai ter que pautar, escutar, incluir
No seu feminismo de bandeira branca
A minha pele negra
Se quiser expandir
Vai ter que sair do palácio
Eu tão pouco ignoro
Sua luta, mulher
E saiba minha batalha é dupla
E tão pouco ignoro
Sua luta, mulher
Mas fique sabendo a minha luta-dor, atravessou o mar
Gerações
Olha só essa síndrome
De princesa Isabel
Encontrando sua redenção, querendo ir pro céu
Nós deixando ao léu só com seu papel
Sem reparação, sem descolonizar
O seu feminismo de bandeira branca
Vai ter que sair do palácio
Eu tão pouco ignoro
Sua luta, mulher
E saiba minha batalha é dupla
E tão pouco ignoro
Sua luta, mulher
Mas fique sabendo a minha luta-dor, atravessou o mar
Gerações
Gerações
Gerações
Gerações”

Adicionar aos favoritos o Link permanente.