
A Firefly Aerospace, empresa sediada no Texas, pousou com sucesso sua espaçonave Blue Ghost 1 no satélite natural da Terra, marcando a segunda missão privada a atingir esse feito. O pouso ocorreu como parte de uma parceria com a NASA no programa Artemis,que busca expandir a exploração lunar.
A Blue Ghost transporta dez instrumentos científicos para análises do solo e testes de tecnologia de navegação. O módulo pousou na região do Mare Crisium, onde permanecerá operando por 14 dias terrestres, realizando experimentos e coletando dados sobre o ambiente lunar.
Um dos instrumentos, chamado LuGRE, demonstrou a viabilidade do uso de sinais de GPS para navegação na órbita lunar.
Outro equipamento, o RadPC, apresentou resistência à radiação durante a viagem até a Lua. Além disso, a missão tem como objetivo registrar imagens de um eclipse e do pôr do sol lunar para estudo do comportamento da poeira na superfície.
A nave foi lançada em 15 de janeiro a bordo de um foguete SpaceX Falcon 9. A missão integra o programa Commercial Lunar Payload Services (CLPS), iniciativa da NASA para fomentar a participação do setor privado na exploração espacial.
Esse programa busca viabilizar pousos frequentes na Lua, utilizando módulos desenvolvidos por empresas contratadas. Desde seu início, duas missões bem-sucedidas foram realizadas em três tentativas de pouso lunar.
A Firefly Aerospace tornou-se a primeira empresa a pousar verticalmente na Lua, um avanço em relação à missão anterior, conduzida pela Intuitive Machines em fevereiro de 2024.
Essa missão enfrentou dificuldades técnicas, levando a empresa a implementar melhorias no novo módulo de pouso, chamado Athena. O lançamento do Athena, realizado pela SpaceX, tem como destino Mons Mouton, uma região nunca antes explorada.
A missão Athena transporta robôs exploradores e um drone saltador, projetado para investigar o terreno lunar e buscar vestígios de gelo.
China x Estados Unidos
O sucesso dessas iniciativas faz parte de uma competição geopolítica entre os Estados Unidos e a China para estabelecer presença na Lua. Ambos os países projetam missões tripuladas para os próximos anos.
A ausência de atmosfera na Lua impede o uso de paraquedas, tornando os pousos mais desafiadores. A precisão nas manobras de descida depende dos propulsores do módulo.