Respirar dessa maneira pode ser um sinal precoce de Alzheimer

Mulher com dificuldadespara respirar

Muito antes dos sintomas clássicos surgirem, o corpo pode dar sinais silenciosos – Foto: Freepik/ND

A conexão entre a respiração e o cérebro pode ser muito mais profunda e complexa do que imaginamos. Pesquisadores descobriram que a respiração acelerada pode ser um alerta silencioso para o Alzheimer, surgindo muito antes dos sintomas mais conhecidos se manifestarem.

A Doença de Alzheimer é uma condição neurológica progressiva, muito conhecida por causar esquecimentos, e que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Identificar sinais sutis que possam indicar a doença em seu início é crucial para intervenções mais eficazes.

Por isso, tantos estudos na área da saúde investigam os possíveis primeiros sintomas da doença. Um estudo da Universidade de Lancaster e do Centro Médico da Universidade de Liubliana descobriu que os padrões respiratórios podem ser um sinal precoce de Alzheimer.

A respiração como um sinal de alerta de Alzheimer

Mulher respirando profundamente

Respirar mais rápido do que o normal pode ser um dos primeiros indícios de Alzheimer – Foto: Freepik/ND

O estudo publicado na Brain Communications comparou a atividade cerebral, a frequência cardíaca e os padrões respiratórios de 19 pessoas com Alzheimer e 20 participantes sem a doença.

Os pesquisadores perceberam que as pessoas com Alzheimer respiraram mais rápido, cerca de 17 vezes por minuto, do que o grupo sem a doença, que respiravam cerca de 13 vezes por minuto.

O especialistas concluíram que o aumento na frequência respiratória pode indicar que o cérebro não está recebendo oxigênio suficiente devido a problemas no fluxo sanguíneo ou alterações vasculares.

Ou seja, o Alzheimer pode ser causado pela falta de nutrição adequada para o cérebro devido ao sistema vascular comprometido.

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O Alzheimer pode ter origens mais ligadas ao sistema vascular do que se imaginava – Foto: Freepik/ND

“Esta é uma descoberta interessante — na minha opinião, revolucionária — que pode abrir um mundo totalmente novo no estudo da doença de Alzheimer. É mais provável que reflita uma inflamação, talvez no cérebro, que, uma vez detectada, provavelmente pode ser tratada e estados graves de Alzheimer podem ser prevenidos no futuro”, diz Aneta Stefanovski, professora e biofísica da Universidade de Lancaster.

*Importante: este conteúdo não substitui avaliações profissionais com médicos ou outros especialistas nas áreas de saúde e bem-estar.

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