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O dia 14 de novembro marca o Dia Mundial do Diabetes, doença que afeta mais de 20 milhões de brasileiros. E para diagnosticar a doença, um exame comum é o teste de glicemia de jejum. Mas você sabe como ele funciona e como interpretar os resultados? Entenda o que é a doença, saiba os sinais de alerta e quem deve fazer o exame.
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Mais de 20 milhões de brasileiros são diagnosticados com diabetes – Foto: Getty Images/ND
O que é e quais são os tipos de diabetes
O diabetes se caracteriza pelo excesso de concentração de açúcar no sangue, que ocorre pela falha na produção ou na ação do hormônio insulina, produzido pelo pâncreas.
O tipo 2 é o mais frequente e está, geralmente, associado à obesidade e ao envelhecimento. Tem início lento e progressivo, sendo caracterizado principalmente pela resistência à ação da insulina nas células do corpo.
Já o tipo 1 é o mais comum em crianças e adolescentes, mas pode também acontecer na idade adulta. Em geral, seu desenvolvimento é abrupto e relacionado à destruição das células do pâncreas, o que leva a redução na secreção de insulina.
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Diabetes tipo 2 é o mais frequente – Foto: Freepik/Reprodução/ND
De acordo com a médica patologista clínica Annelise Wengerkievicz Lopes, diretora médica do Laboratório Santa Luzia, da Dasa, mudanças simples na dieta e na rotina podem ter um impacto significativo no risco de desenvolver diabetes tipo 2.
“Alimentação equilibrada, prática regular de atividades físicas e controle do peso contribuem para redução do risco”, afirma. Um estudo recente publicado na revista “Nature” revela que até 70% dos diagnósticos do tipo 2 estão relacionados à má alimentação.
Diagnóstico do diabetes
Um ponto crucial na prevenção das complicações do diabetes tipo 2 é o diagnóstico precoce, possibilitado pela realização de exames de sangue regulares. A glicemia de jejum considerada normal é até 99 mg/dl. Um paciente é considerado pré-diabético quando este índice atinge entre 100 e 125 mg/dl. Resultados acima de 126 mg/dl já podem ser indicativos da condição, a depender dos demais exames utilizados para o diagnóstico.
O teste de hemoglobina glicada é outro indicador importante, uma vez que mede a quantidade de açúcar presente no sangue nos últimos dois a três meses. Atualmente, ela é utilizada em conjunto com a glicemia de jejum para estabelecer o diagnóstico.
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Testes ajudam a diagnosticar diabetes – Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil
“Este exame considera o tempo médio em que uma hemácia fica em circulação. Ao longo da vida, caso haja aumento do açúcar no sangue, a ligação das moléculas à hemoglobina cresce. Por isso, a quantidade de açúcares presente nelas indica quais foram as concentrações no sangue durante esse período, permitindo um retrato histórico que oferece mais subsídios para o diagnóstico ou tratamento”, explica a médica.
Segundo ela, a realização desses exames em periodicidade adequada pode fazer a diferença na identificação de glicemias elevadas, antes que se tornem problemas de saúde mais sérios. “A condição de pré-diabetes oferece uma oportunidade de acompanhamento e intervenção antes que a doença se instale”, destaca.
O rastreamento é recomendado para adultos com mais de 35 anos ou com sobrepeso e outros fatores de risco, como hipertensão, dislipidemia e histórico de diabetes tipo 2 na família. A frequência dos exames depende do risco: pessoas com pré-diabetes devem realizar exames anuais, enquanto aquelas com risco baixo podem fazer o rastreamento a cada três anos.
Sintomas que causam alerta
Sede excessiva, fome constante e fadiga são sintomas frequentemente despercebidos, mas importantes para o diagnóstico precoce do diabetes. Ignorá-los pode levar a um quadro de saúde debilitante com complicações graves, como doenças cardíacas e renais. Por outro lado, o diabetes também pode permanecer assintomática por longos períodos, dificultando seu reconhecimento sem exames laboratoriais apropriados.
Quando a doença já está instalada, o monitoramento contínuo é fundamental para garantir um controle eficaz. “O manejo diário, aliado à orientação médica, é vital para mitigar os impactos na condição de vida dos pacientes”, informa a especialista.